segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O GOLPE DA REPÚBLICA


TERRA DO BRASIL

Espavorida agita-se a criança,
De noturnos fantasmas com receio,
Mas se o abrigo lhe dá materno seio,
Fecha os doridos olhos e descansa.

Perdida é para mim toda a esperança
De volver ao Brasil; de lá me veio
Um pugilo de terra; e neste creio
Brando será meu sono e sem tardança...

Qual o infante a dormir em peito amigo,
Tristes sombras varrendo da memória,
Ó doce pátria, sonharei contigo!

E entre visões de paz, de luz, de glória,
Sereno, aguardarei no meu jazigo
A justiça de Deus na voz da História!

(Dom Pedro II)


Diferente de seu pai, Dom Pedro I, que ficara famoso pelo seu temperamento ardoroso, pela sua impulsividade, Dom Pedro II – Dom Pedro de Alcântara – era sóbrio, comedido, amante das artes e das ciências, poeta. Costumava dizer que se não fosse Imperador gostaria de ser professor.

     De acordo com Lamartine, era um príncipe filósofo; Vítor Hugo disse que Dom Pedro II era um neto de Marco Aurélio e Louis Pasteur o tinha por um homem de ciência. Ganhou a admiração de Charles Darwin, Richard Wagner, Longfellow e Nietzsche.

     Mas também foi um homem de ação, quando necessário. Esteve presente no cerco a Uruguaiana, durante a guerra do Paraguai, ajudando com a sua força moral a libertar aquela cidade fronteiriça do assédio do inimigo. Na ocasião, se fardou de coronel do 1º batalhão de voluntários da corte. Sobre esse uniforme, um poncho. Na cabeça, um simples quepe.

     Quando da “Questão Christie”, provocada pela Inglaterra, não arredou pé de sua posição de defensor da pátria e não hesitou em romper relações com a Inglaterra por três anos quando aquele país tentou impor a sua vontade à nossa soberania. Teria ido à guerra, se fosse necessário.

     Mas foi aquele ato de bravura e de desprendimento, que muitos chamaram de temerário, que lhe custou a coroa, mais tarde.

A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

     A dívida externa brasileira, que iniciou quando da vinda de Dom João VI para o Brasil e aumentou com os empréstimos vultosos feitos por Dom Pedro I, sempre esteve ligada a casa Rotschild, que também tinha em suas mãos quase toda a Europa. E a casa Rotschild sempre foi ligada à Inglaterra, embora a sua origem tenha sido a Alemanha. Com o seu ouro, resultado de transações inescrupulosas, como o tráfico de ópio da Inglaterra para os países asiáticos, principalmente a China, e do tráfico de escravos, os Rotschild dominaram o mundo dos negócios. Às vezes embuçados sob outros nomes bancários, outras claramente. A sua aliança estratégica com o Império Britânico permitiu aos ingleses a expansão territorial e o domínio de quase todo o mundo a partir do século XVIII.

     Para poder fazer a independência em relação a Portugal, Dom Pedro I necessitou do apoio daquela casa bancária – e o que foi apelidado depois de “independência” se transformou em total dependência do capital estrangeiro, com juros a prazo fixo.

     A época de Dom Pedro II coincidiu com a revolução industrial, iniciada na Inglaterra. O algodão dos Estados Unidos era exportado para as fábricas inglesas de tecelagem com o dinheiro da casa bancária Rotschild. Depois, o produto era exportado para todos os países, principalmente para as colônias da Inglaterra, como Índia, para a África, América do Norte e América do Sul.

     Os verdadeiros donos do poder - que agem por vias transversas e manipulam a política dos países a seu favor - perceberam que o conhecimento tecnológico não deveria ser difundido, mas utilizado para tornar os países menos desenvolvidos dependentes economicamente. Os impérios se fazem com grandes exércitos e tecnologia privada.

     A primeira revolução industrial – de +- 1760 a +- 1860 - não se limitou à tecelagem, mas foi o momento da exploração das grandes minas de ferro e de carvão européias, e das máquinas a vapor. O surgimento das fábricas, a produção em série e o trabalho assalariado são as principais características desta transformação, que alterou a economia, as relações sociais e a paisagem geográfica.

     Delimitaram-se as relações sociais. Foi criado o proletariado, fruto da fuga dos agricultores pobres para a cidade - aquele imenso grupo social que somente tem a sua prole como riqueza. Dividiram-se claramente as classes sociais entre os nobres – senhores de grandes latifúndios – os burgueses, donos do capital e das indústrias e os assalariados, que tinham apenas a sua força de trabalho. E assim estabelecidas as relações sociais, teve início o capitalismo, a religião do lucro.

     Mas para que houvesse lucro era necessário um público consumidor. De início, esse público consumidor foi formado pelos povos dos países ocupados pelas tropas inglesas, apelidados de colônias. Depois, com a expansão da indústria e a dependência econômica dos países que não tinham nem grandes exércitos nem tecnologia própria, os produtos excedentes passaram a ser vendidos para os países do Caribe, América do Sul e demais países subdesenvolvidos. Como o Brasil.

AS OLIGARQUIAS

     Dom Pedro II não foi maçom. Católico praticante, seguiu as orientações da Igreja quanto àquela seita que tanto tinha influenciado seu pai e depois o destronado. Destarte, embora Imperador, aquela era uma monarquia constitucional, governada por um Parlamento, que resguardava poucos direitos para o imperador. Os maçons não precisavam dele para as suas tramas políticas. Havia um Conselho de Ministros, que foi criado em 1847 pelo imperador, o qual nomeava apenas o chefe do Ministério, que era o encarregado de organizar o Gabinete do Governo.

     Além da Maçonaria, mas organizada por maçons e igualmente secreta e com objetivos definidos de conquista do poder, em 1831 foi fundada - pelo professor alemão de História natural do Curso Anexo da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Júlio Frank - a Burschenschaft - do alemão bursch, que significa camarada e schaft, confraria. Com o passar do tempo foi apelidada de Bucha. Era o braço dos Illuminati no Brasil.

     Semelhante à Caveira e Ossos dos Estados Unidos, a sua estrutura era baseada da seguinte forma: A Bucha era formada por alunos escolhidos entre os que mais se distinguiam por seus méritos morais e intelectuais, não se apresentando eles à sociedade secreta, mas sendo por ela selecionados. Somavam, talvez, dez por cento do corpo discente e eram chefiados por um "Chaveiro". Um "Conselho de Apóstolos" orientava a Bucha dentro da Faculdade, enquanto o "Conselho de Invisíveis", composto de ex-alunos, numa espécie de prolongamento da vida acadêmica, a aconselhava e protegia fora das Arcadas.

     Com o tempo a sociedade ia se tornando cada vez mais forte, ao ver seus membros pertencendo aos mais altos cargos do Império e da vida pública brasileira. Pertenceram à "Bucha" os nomes mais importantes do Império e da República, além, obviamente, dos mais representativos professores da Faculdade de Direito de São Paulo: Rui Barbosa, Barão do Rio Branco, Afonso Pena, Prudente de Morais, Campos Sales, Rodrigues Alves, Wenceslau Brás, Visconde de Ouro Preto, Visconde do Rio Branco, Pinheiro Machado, Assis Brasil, Francisco Otaviano, João Pinheiro, Afrânio de Melo Franco, Pedro Lessa, Bernardino de Campos, Washington Luiz...

     A face visível dessas sociedades secretas eram os partidos políticos. Consolidaram-se dois partidos importantes: o Liberal (defensor de um poder local forte, com autonomia das províncias) e o Conservador (defensor do fortalecimento do poder central), ambos representantes dos proprietários rurais.

     O grande latifúndio mandava de fato no país. A opção pela economia agrária de exportação, principalmente o café, fez dos grandes produtores os donos da economia. A elite agrária nordestina do primeiro reinado, que baseava a sua força na cana de açúcar teve que ceder espaço aos barões do café do sudeste – que usavam os escravos como força de trabalho - durante o segundo reinado. Os filhos desses grandes latifundiários tornavam-se bacharéis, militares, deputados e membros do Parlamento, integravam-se à Bucha e à Maçonaria e distribuíam-se entre os dois partidos políticos do país. O objetivo era a República. Eles já detinham o poder econômico; agora, queriam o poder total.

A GUERRA DO PARAGUAI

     Na década de 1860 – durante a segunda revolução industrial - tem continuidade a expansão capitalista, impulsionada por uma gama de decisivos fatores, entre os quais, a construção das estradas de ferro (no ano de 1866, a malha ferroviária da Europa Central já está construída), dos navios a vapor e das linhas telegráficas, que fornecem meios de comunicação e circulação de pessoas, mercadorias e informações em escala proporcional ao ritmo de produção das fábricas. O capitalismo, nesses anos, não somente aprofunda sua internacionalização, como, também, sua internalização nas economias nacionais.

     Havia um país na América do Sul que não era dependente economicamente nem da Inglaterra nem de nenhum outro país: o Paraguai.

     Naquele país, o governo controlava todo o comércio exterior. O mate, o fumo e as madeiras raras exportados mantinham a balança comercial com saldo. O Paraguai nunca havia feito um empréstimo no exterior e adotava uma política protecionista, isto é, de evitar a entrada de produtos estrangeiros, por meio de impostos elevados. Defendia o mercado interno para a pequena indústria nacional, que começava a se desenvolver com base no fortalecimento da produção agrícola. Mais de 200 técnicos estrangeiros, contratados pelo governo, trabalhavam na instalação de telégrafos e de estradas de ferro e na assistência às indústrias siderúrgicas, têxteis, de papel, tinta, construção naval e pólvora. A fundição de Ibicuí, instalada em 1850, fabricava canhões, morteiros e balas de todos os calibres. Nos estaleiros de Assunção, construíam-se navios e o Paraguai precisava de um escoadouro para a sua produção.

     Sem portos marítimos, o governo paraguaio tentou um acordo com a Argentina e o Uruguai no sentido de obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata, o que lhe foi negado. Se o Paraguai conseguisse exportar os seus produtos para toda a América Latina, seria um forte concorrente da Inglaterra, que detinha o monopólio do comércio no hemisfério. A guerra foi deflagrada.

     Economicamente, a Guerra da Tríplice Aliança foi sustentada, substancialmente, com recursos tomados emprestados pelo Brasil junto ao Banco Mauá, que tinha fortes ligações com a Casa Rothschild.

     Em 1865, ao iniciar a guerra, o Brasil negociou um empréstimo de 6.363.613. Depois da guerra, em 1871, outro empréstimo de três milhões de libras esterlinas; em 1875, outro no valor de 5.301.200. Posteriormente, entre 1883 e 1889, endividou-se com mais quatro empréstimos num total de 37.202.900 libras esterlinas. Isso que dizer que em 18 anos (de 1871 a 1889), o Brasil conseguiu empréstimos de 45.500.000 libras esterlinas, ou seja, quase duas vezes e meia a mais que nos 47 anos precedentes.

     Por sua vez, Uruguai e Argentina também fizeram vultosos empréstimos junto aos bancos privados da Inglaterra, principalmente com a casa Rotschild. O Uruguai tinha feito um empréstimo que em 1864 chegava a um milhão de libras esterlinas. Assim que terminou a guerra, em 1871, negociou o segundo, por 3.500.000 libras esterlinas. A Argentina, a partir de 1865 (segundo ano do conflito com o Paraguai) e até 1876, negociou oito empréstimos em um total de 18.747.884 libras esterlinas.

     A Inglaterra, mesmo se declarando neutra no conflito, foi a única vitoriosa. O Paraguai foi totalmente destruído e perdeu grande parte de suas terras. Brasil, Argentina e Uruguai, embora vencedores no campo militar, ficaram completamente endividados.

     Mas, após a guerra os militares brasileiros saíram fortalecidos. Formava-se uma nova classe, uma nova oligarquia que, somada aos senhores semifeudais do café, principalmente em São Paulo, e contando com as articulações políticas da Maçonaria e da Bucha, que dominavam o Congresso, aos poucos prepararam a derrubada do Império.

     Com a consolidação do capitalismo, primeiro na Inglaterra e depois em toda a Europa e nos Estados Unidos, e com a dependência econômica dos países ainda subdesenvolvidos ao capital internacional, permitiu-se que países como o Brasil desenvolvessem a sua indústria, desde que essa indústria dependesse dos empréstimos das grandes casas bancárias européias e desde que a tecnologia utilizada nas fábricas fosse importada. Era mais uma maneira de aumentar a dependência econômica.

O GOLPE

     Foi quando recrudesceu o movimento abolicionista no Brasil, com dois objetivos claros: (1) transformar os ex-escravos em mão de obra barata para as fábricas e (2) diminuir a força da economia brasileira baseada na exportação do café para torná-la ainda mais dependente dos empréstimos estrangeiros.

     Dom Pedro II sempre se mostrara contra a escravidão. O historiador Heitor Lyra em sua biografia acerca do imperador, "História de Dom Pedro II" v.3, asseverou:

     "O inspirador da campanha [abolicionista], o estrategista dela, a alma do movimento, aquele que buscara o general Presidente do Conselho de Ministros e o colocara na frente das hostes [Assembléia Geral], que lhe armara o braço e o prestigiara na avançada, com uma decisão sempre firme, constante, fiel - fora o Imperador."

     Mas o papel de protagonista de dom Pedro II na campanha abolicionista seria, com o passar do tempo, praticamente esquecido em prol de sua filha mais velha, sendo o monarca relegado ao papel de coadjuvante, se não de um mero espectador dos acontecimentos. Depois da proclamação da República, fez-se de tudo para denegrir a imagem de Dom Pedro II.

     Em 1873 surgiu o Partido Republicano Paulista em São Paulo, que afirmava que a escravidão deveria ser tratada pelos partidos monarquistas. Boa parte dos republicanos paulistas eram fazendeiros proprietários de escravos. Era um partido fraco, sem nenhum apoio popular que, de fato, não influenciou na proclamação da República. Na verdade, os membros do Partido Republicano esperavam a morte do imperador para tentar instaurar a república. Ao mesmo tempo, o tráfico negreiro passou a ser combatido pela Inglaterra, com o objetivo de ampliar o seu mercado consumidor na América do Sul.

     A ideia da abolição foi tomando corpo e, para não ferir de frente a grande oligarquia cafeeira, foi feita em etapas.

     A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias. Em 1871 foi aprovada a Lei do Ventre Livre; em 1885, a Lei dos Sexagenários, que beneficiava os escravos com mais de 65 anos e em 1888 a Lei Áurea aboliu a escravidão no Brasil.

     O país estava em paz e o povo adorava Dom Pedro II. Com exceção dos militares, que se sentiram desprestigiados depois da guerra do Paraguai, e dos maçons que dominavam o Congresso e desejavam dominar o país. Começou a trama.

     Surgiu a questão religiosa provocada pela recusa dos bispos Dom Antônio de Macedo Costa e D. Frei Vital em aceitar as interferências do governo influenciado pela maçonaria na nomeação de diretores de ordens terceiras e irmandades.

     Surgiu a questão militar. O Exército Brasileiro passou a ser uma força nova e expressiva dentro da vida nacional. Transformara-se numa instituição forte que, com a guerra, ganhara tradições e coesão interna e representaria um papel significativo no desenvolvimento posterior da história do país. Além disso, houve a formação de um inquietante espírito corporativista no exército.

     O império cambaleava, sem apoio no Congresso e ameaçado pelos militares, já inteiramente dominados pelos maçons.

     Em 9 de novembro de 1889, um grande número de oficiais se reuniu no Clube Militar, presidido por Benjamin Constant, e decidiu realizar o golpe de Estado para derrubar a monarquia.

     Dois dias depois, na casa de Rui Barbosa, alguns oficiais, incluindo Benjamin Constant e o Marechal Deodoro da Fonseca, além de outros dois civis, Quintino Bocaiúva e Aristides Lobo, foi confirmada a realização do golpe. Foi à única reunião que contou com a participação dos republicanos civis e Deodoro não desejava a presença dos mesmos no que considerava um problema militar. Deodoro ainda hesitava e falou: "Eu queria acompanhar o caixão do Imperador, que está velho e a quem respeito muito".

     Mas acabou cedendo depois de pressionado por Benjamin Constant: "Ele [Benjamin Constant] assim o quer, façamos a República. Benjamin e eu cuidaremos da ação militar; o Sr. Quintino e seus amigos organizarão o resto". Às 23 horas do dia 14 de novembro, Deodoro assumiu o comando de 600 homens, cuja maioria não sabia o que estava ocorrendo ou acreditava que iria se defender de um ataque da Guarda Nacional ou da Guarda Negra.Alguns poucos republicanos deram vivas a república, mas Deodoro mandou-os calarem a boca.

     Não houve resistência. O próprio imperador, que estava em Petrópolis, não acreditou na revolta. Contava com o apoio do povo, que de nada sabia.

     No dia 16, um sábado, a família imperial permaneceu no paço, que foi cercado por um regimento de cavalaria. Pedro II apenas lia revistas científicas, demonstrando calma o dia inteiro. Às 3 da tarde, o major Frederico Solón Sampaio Ribeiro apareceu no paço para informar a Família Imperial de que a República havia sido proclamada e de que deveria partir em 24 horas para o exílio.

     Conta-se que, naquele paço, o capitão Sólon Ribeiro, ardente republicano, ao transmitir ao velho soberano o decreto do governo provisório que o exilava da pátria, usou o tratamento de vossa excelência. Em 64 anos de vida e 49 anos de governo, o imperador só fora chamado de majestade. Espantado com aqueles termos, o monarca fitou no oficial, firmemente, seus olhos azuis. O capitão se perturbou e emendou: Vossa alteza... Os olhos de dom Pedro II continuaram pousados nele com espanto e Sólon Ribeiro, confuso ante aquela atitude, disse afinal: Vossa majestade... Então, o imperador estendeu a mão e tomou o papel que ele lhe apresentava.

     Dom Pedro II foi levado, com os seus, após angustiosa expectativa no paço da Cidade, a bordo da corveta Parnaíba, donde os transferiram ao Alagoas. De lá, para a Europa. Faleceu dois anos depois, na França. De desgosto, por ter sido banido da pátria que tanto amava. A imperatriz havia falecido um ano antes na cidade do Porto.

     No Brasil a República estava instaurada, a despeito da vontade do povo, que não entendia nem o significado da palavra. Marechais e maçons estavam felizes. Começava o carnaval da corrupção.

     Dom Pedro II era um nobre. Já sabia ler e escrever aos cinco anos de idade. Aos 14 anos conhecia quatro idiomas. Depois aprendeu latim, francês, alemão, inglês, italiano, espanhol, grego, hebraico, chinês e tupi-guarani. Era astrônomo amador. Curioso pela arqueologia, visitou duas vezes o Egito, aprendendo a decifrar os hieróglifos e discutindo teses sobre a antiga civilização com especialistas e estudiosos.

     Amava o saber e o conhecimento, mas amava mais a sua pátria.

Um comentário:

  1. Parabéns! Uma análise histórica de tirar o chapéu. Aprendi tudo, posto que na minha ignorância completa, ignorava. E principalmente, como já confio na fonte, agradeço pelas informações históricas.
    Lidia.

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