quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MATARAM KADHAFI


Mataram Kadhafi. Ele tivera a percepção de que seria morto logo no início do conflito com os invasores – que a mídia ocidental chama de “rebeldes” – quando disse uma frase que ficou histórica: “Viver e morrer na Líbia”.

     Antes de matarem Kadhafi, mataram dois de seus netos, um filho e 60.000 líbios, em uma invasão covarde inteiramente respaldada pelos meninos e meninas da Globo News e afins do mundo inteiro como, também, pelo coletivo dos inconscientes que passam 24 horas no Twiter e no Facebook, apenas repetindo informações infiltradas que não sabem digerir. Esses também mataram Kadhafi e devem estar felizes.

     Kafhafi escreveu o “Livro Verde”, que propunha uma terceira via entre o capitalismo e o comunismo. Uma terceira via que passava, inevitavelmente, pelo nacionalismo. E o nacionalismo é o maior entrave para que o império se expanda e domine a todos, transformando-os em conformados robôs. Porque o nacionalismo diz, simplesmente, que você deve ter amor ao seu país e não às multinacionais; que deve preservar o solo e a natureza e não entregá-lo à maior oferta. O nacionalismo propõe uma democracia participativa e não representativa.

     Mataram Kadhafi porque era nacionalista e um defensor do Islã. E o Islamismo, assim como o Catolicismo, está sob forte ataque do império desde o início do século, porque aqueles que desejam a todos dominar primeiro precisam acabar com as grandes religiões.

     Mataram Kadhafi porque era socialista e defendia um socialismo de estado não alinhado com as grandes potências.

     Mataram Kadhafi porque queriam o petróleo e o gás da Líbia.

     Mataram Kadhafi porque querem dominar o Paralelo 33 norte, que passa pela Líbia e pela Síria e deixa o caminho livre para a futura invasão do Irã.

     Mataram Kadhafi por despeito. Despeito pela sua força, independência e liderança.

     Abaixo, uma das últimas mensagens de Kadhafi.


     "Povos do mundo!

     O inimigo está fugindo.

     Eles estão com medo de um movimento de resistência que eles não podem ver nem prever.

     Nós agora escolhemos quando, onde e como atacar. E como os nossos ancestrais acenderam a primeira chama de civilização, nós agora redefiniremos a palavra “conquista”.

     Hoje nós escrevemos um novo capítulo nas artes da guerra urbana.

     Nós não pedimos armas ou soldados, pois já temos muitos.

     Nós os pedimos para formar uma frente mundial contra a guerra e a OTAN. Uma frente que seja governada por sábios. Uma frente que traria reforma e ordem e, também, novas instituições que substituiríam o que agora está corrompido.

     Povos do mundo!

     Estas palavras vêm à vocês por aqueles que lutam para sobreviver aos criminosos bombardeios massivos da OTAN.

     Nossos apuros não têm cobertura da mídia corporativa Ocidental.

     Nós somos pessoas simples que colocam princípios acima do medo.

     Nós temos sofrido crimes e sanções, assassinatos em massa e saques, os que consideramos as verdadeiras armas de destruição em massa.

     Temos sofrido semanas e meses de agonia e desespero, enquanto a maldita ONU negociava com as nossas receitas de petróleo em nome de “proteger os civis”.

     Mais de 60.000 inocentes morreram enquanto aguardavam por uma luz no fim de um túnel que não tem fim, para salvar nosso país da colonização e o roubo dos nossos recursos.

     Depois dos crimes das administrações da França e da Grã-Bretanha na Líbia, Nós escolhemos o nosso futuro. É o futuro de toda luta de resistência na história da humanidade.

     É o nosso dever, assim como o nosso direito, lutar contra as forças colonizadoras e condenar suas nações, moral e economicamente pelo que seus governos eleitos roubaram e destruíram na nossa terra.

     Nós não cruzamos oceanos e mares para ocupar a Grã-Bretanha ou a França. Nem somos responsáveis pela crise econômica européia, a qual eles tentam diminuir através do roubo da nossa riqueza soberana.

     Esses criminosos têm tentado esconder seus verdadeiros planos para controle e monopólio dos recursos energéticos do mundo, em face da ameaça de um poder expansível na China e uma África forte e unida.

     É ironico que os líbios devam suportar todo o peso deste conflito imenso e cada vez mais profundo em nome do resto do mundo, que está dormindo!

     Nós não pedimos armas ou soldados, pois já temos muitos.

     Nós os pedimos para formar uma frente mundial contra a guerra e a OTAN. Uma frente que seja governada por sábios. Uma frente que traria reforma e ordem e, também, novas instituições que substituiríam o que agora está corrompido.

     Parem de fazer negócio com a França, os EUA, Inglaterra, Qatar e os Emirados Árabes Unidos. Reduza ou pare o consumo dos produtos e da propaganda deles. Coloque um fim neles antes que eles destruam o mundo inteiro.

     Eduquem aqueles que estejam em dúvida sobre a verdadeira natureza deste conflito.

     Não acredite nas mentiras da mídia corporativa deles.

     As baixas nas suas forças especiais em solo e nas suas marionetes líbias são muito maiores do que eles admitem. Nós desejávamos apenas mais câmeras para mostrar ao mundo a sua verdadeira derrota. O inimigo está em fuga. Eles estão com medo de uma resistência que eles não podem ver nem prever.

     Agora nós escolhemos quando, onde e como atacar. E como nossos ancestrais acenderam a primeira chama de civilização, nós agora redefiniremos a palavra “conquista”.

     Hoje nós escrevemos um novo capítulo nas artes da guerra urbana.

     Saiba que ajudando o povo Líbio, vocês estão se ajudando, pois o amanhã pode trazer a mesma destruição para vocês. Este conflito não é uma guerra localizada.

     Ajudar o povo Líbio não significa fazer novos acordos com França, EUA, Inglaterra, Qatar e Emirados Árabes Unidos.

     Isole-os.

     O mundo também não pode se manter refém do controle deles sobre a ONU para cobrir seus crimes e roubos.

     Nós faremos uma armadilha para eles aqui na Líbia, para drenar seus recursos, homens e vontade de lutar.

     Nós os faremos gastar tudo o que eles roubaram, senão mais.

     Nós iremos interromper e depois deter o fluxo do nosso petróleo pilhado, tornando assim, obsoletas as suas estratégias.

     O quanto antes um movimento revolucionário nascer, mas rápida será a queda deles.

     Aos soldados da OTAN nós dizemos: “Voltem para suas casas, famílias e entes queridos. Esta guerra não é sua. Vocês não estão lutando por uma causa verdadeira na Líbia”.

     E para Sarkozy e Cameron nós dizemos: “mandem tudo, como nós nunca esperamos. Vocês possuem outro desafio antes do seu fim?” "

Muamar Kadafi.

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