O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse na Câmara dos Deputados que ama a Dilma. Dilma, entrevistada sobre a crise no ministério de Lupi, perguntou: “Que crise?”
Não há crise no Ministério do Trabalho, mas amor. Lupi também afirmou que adora o Lula. São muitas emoções. Fico me perguntando se Dilma, depois da declaração de Lupi, não se olhou no espelho, arrumou a maquilagem e ficou divagando sobre tempos não muitos distantes...
Também fico me perguntando por que somente a revista Veja denuncia os casos de corrupção nos ministérios de Lula/Dilma. Os demais veículos de comunicação apenas retransmitem notícias, inclusive as da Veja, mas nada investigam. É claro que a maior parte desses veículos recebe do Governo muito dinheiro para fazer propaganda institucional e nem quer saber como vai a nossa corrupção diária.
Logo a Veja, considerada a revista mais reacionária do Brasil, faz jornalismo investigativo e vai detonando um por um todos os ministérios da Dilma. Na verdade, tenta detonar, porque a dupla dinâmica Lula/Dilma não se deixa abater, como diz o Lupi, e apenas troca os ministros, deixando a corrupção em paz, porque dela necessitam para os seus negócios políticos.
Tirar um ministro não significa acabar com a corrupção do seu ministério. Poderá até acontecer o contrário. O Governo, avisado pelas matérias jornalísticas de que determinado ministério apresenta falhas gritantes no seu esquema corruptível, depois de um mês de fingidos bate-bocas e negativas demite o ministro daquela pasta e coloca outro do mesmo partido, mas bem mais esperto, que terá a função de tapar os buracos por onde vaza a corrupção ministerial.
E Dilma, a presidente oficial, ao demitir o ministro em questão é vista pelo povo como alguém que foi traído por ministros inescrupulosos. E os demite, retira os malfeitores, acaba com os malfeitos e se transforma em heroína.
Será a Veja uma revista do Governo?
Se for, nada contra. Cada um escolhe o caminho que prefere, mas torna-se suspeita de ser uma grande auxiliar do Governo, quando se limita a críticas sobre ministérios, avisa por onde está correndo o óleo infecto da corrupção, para que possa ser contido a tempo, mas não se preocupa com outros assuntos igualmente malcheirosos e que são a verdadeira razão de Dilma ter sido escolhida para guardar o lugar do Lula.
Não vejo nas revistas, jornais, redes de televisão acusadas de estar a serviço da oposição, nenhum grande artigo sobre o terror que impera nos campos do Brasil, os assassinatos quase em série daqueles que são contra a devastação e a degradação da natureza.
Nenhum desses veículos de suposta informação combate as usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, fonte de inúmeros males, ou denuncia com força o monstrengo chamado Belo Monte que está sendo criado no Pará.
Não são contra a plantação de produtos transgênicos, que afetam a saúde de todos os brasileiros e desertificam as terras.
Nada falam ou escrevem contra a monocultura extensiva, que traz a escravidão ao campo e provoca grandes desertos.
Não pressionam o Governo para parar de vez com o desmatamento desenfreado na Mata Atlântica e na Amazônia, porque as outras regiões já foram desmatadas.
Não se colocam a favor de uma distribuição agrária mais justa. Ao contrário: combatem os sem terra e fazem de tudo para desacreditar o movimento que luta por terras para quem nelas trabalha.
Da mesma forma que o Governo, colocam-se a favor dos banqueiros, dos empresários, dos latifundiários, dos gananciosos que estão vendendo o Brasil.
Além disso, assim como o Governo, adoram o Obama, os Estados Unidos e todas as ações opressoras que intentam impor um governo mundial.
Vendem a idéia de que viver é igual a consumir e a buscar a depravação mental, a alienação.
Por isso, aqueles que seguem as informações desses veículos aparentemente insossos, mas especialistas na ideologia da passividade e do mercantilismo, aos poucos passam a acreditar que o verdadeiro bem resume-se na volúpia de atropelar o próximo; rezam pela cartilha da moral predatória e pensam que mais inteligente é aquele que mais rouba.
Lupi ama a Dilma e adora o Lula, mas além desse amor e dessa adoração – como todos os demais ministros e políticos de todas as áreas e de quase todos os partidos que fingem nos representar – ama e adora o seu ministério, que significa dinheiro e poder material.
É um estranho amor, que tem como base um dote estipulado para enriquecer os membros do seu partido em troca dos votos a favor do Governo nas duas casas do Congresso.
É a tentação, a sedução do poder que move esse amor e essa adoração.
E PARA NÓS.... " AMOR BANDIDO "....Heloisa
ResponderExcluirPostagem oportuna! Que amor ao poder: corrupção x dinheiro. Absurda declaração de um Ministro de Estado.
ResponderExcluirLidia.