Prepara-se a guerra. Estados Unidos, Inglaterra e Israel comunicam ao mundo que invadirão o Irã. Só não sabem exatamente o dia certo. A grande questão é o dia certo, porque está tudo sendo planejado. Israel utilizará os seus mísseis de longo alcance, provavelmente com ogivas nucleares. Estados Unidos e Inglaterra darão o apoio tático necessário, por terra, mar e ar.
Já estão cansados do que chamam de “regime dos aiatolás”. Essa coisa de Islamismo é muito perigosa para o império. Principalmente quando resolve desmascará-lo. Fizeram o teste com a Líbia de Kadhafi e deu certo. A Síria é o próximo alvo, depois o Irã. Ou o contrário. O importante é que os regimes que tem como base a religião muçulmana desmoronem através das redes sociais ou sejam desmoronados através da guerra.
O Islã é o último inimigo do império. Ou melhor, o império coloca-se como inimigo declarado do Islã. Prepara-se a guerra e nada poderá impedi-la. Nem os desempregados dos Estados Unidos, nem os indignados da Europa.
O sistema capitalista tem o mau hábito de fazer guerras sempre que entra em crise. Por duas razões. A primeira é a destruição do inimigo. A segunda é tentar unir o povo, com o apoio da mídia amestrada, em torno de uma causa comum. Com uma bela guerra acabam-se as indignações, porque acena-se para o povo que o botim será dele e que terá empregos e riquezas resultantes do saque.
O império não sobreviveria sem os seus grandes exércitos, porque é devido a eles que se impõe. Como não fazer a guerra se a gigantesca indústria bélica assim o exige?
É simples fazer a guerra. Primeiro cria-se uma crise mundial; depois aponta-se para o inimigo como principal responsável pela crise. A mídia ufanista dirá que o inimigo deverá ser destruído para que a crise acabe. Os países em crise unem-se. O povo dos países em crise sente-se na obrigação moral de concordar com o que os donos da guerra dizem que é o certo. E os movimentos anti-capitalismo que estão surgindo por toda a parte serão dissolvidos.
Na verdade, não são verdadeiros movimentos anti-capitalismo. São movimentos de desespero. Os povos dos grandes países, depois de décadas de crescimento, estão conhecendo a fome e o desemprego. Estão percebendo que vivem em um sistema bancário, apelidado de democrático. São movimentos de conscientização.
Foi assim em 1914 e em 1939 e em outras datas igualmente famosas. Crises recessivas e depois a guerra. Depois, será fácil demonizar o inimigo vencido.
A guerra ou a implosão do capitalismo, que já esteve por implodir várias vezes, mas optou pela guerra.
Os indignados do mundo inteiro continuarão indignados, mas quietos. O sistema aposta na sucessão das gerações, nos brinquedos tecnológicos e nas redes sociais para apaziguar as pessoas. Para amansá-las.
Será perfeito para o sistema uma guerra logo após o Natal, no ano em que o mundo deverá acabar. Os mais crentes acreditarão que é somente o fim do mundo. E rezarão.
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