terça-feira, 1 de janeiro de 2013

SEU CHICO E A NUMEROLOGIA DE 2013





Visitei seu Chico ainda há pouco para lhe desejar um feliz ano novo e todas aquelas coisas que a gente deseja para os amigos no início de cada ano, e depois que veio o chimarrão e uns bolinhos de arroz que a sua esposa tinha feito “para dar sorte no ano novo” e já estávamos ouvindo “Gaudêncio Sete Luas” e outras excelentes músicas gaúchas da antiga Califórnia de Uruguaiana, cidade que hoje prefere o carnaval e outras carioquices que dão mais dinheiro, seu Chico perguntou:

- Pois então o senhor prevê que este ano de 2013 é o ano do equilíbrio...

- Não foi exatamente isso que eu disse, seu Chico, mas entrevista é assim mesmo. Aliás a jornalista, muito simpática e inteligente, fez uma excelente matéria. É que conversa vai, conversa bem...

- Me explique.

- Explico. 2013 é um Ano Universal 6, que reflete uma vibração de equilíbrio. Também de amor à família, à comunidade e, por extensão, ao mundo. Essa vibração, traduzida pelo número seis, ajuda as pessoas a buscarem o equilíbrio, a ponderação.

- A acertarem as pontas...

- Isso! E sempre dependendo de cada um. Vou lhe dar um exemplo figurado: no ano passado, 2012, vibrava o número cinco que representa, ao meu modo de ver, um cavalo xucro que não se deixa manear e enlouquece todo mundo. Um ano em que as pessoas estavam desejosas de fazer tudo ao mesmo tempo.

- Mas nem o gigante Briaréu, que tinha cem braços, segundo o Dom Quixote, conseguia fazer tudo ao mesmo tempo!

- Pois é. Lembra da figura do número 5? Parece uma roda girando, uma pá de moinho. Pega embaixo e joga pra cima...

- Deve ter sido por isso que o Cavaleiro da Triste Figura atacou os moinhos de vento. Mas e o número seis, o que lhe lembra?

- Um boi, seu Chico. Um boi que deve receber uma aguilhoadas, de vez em quando, para andar. E um boi que pode virar touro se for muito cutucado. É por isto que eu também disse que o Ano Universal 6 é um ano muito sério. Nem lá nem cá. Nem calma demasiada, nem empurrão. Um ano em que se deve buscar o equilíbrio. Vou lhe dar outro exemplo. O número cinco – 2012 – é como um adolescente que está descobrindo a vida e faz todas aquelas loucuras típicas; já o número seis – que vibra neste ano - representa o pai de família, cheio de responsabilidades, o que pode provocar tensão.

- Mas então é um ano pra se levar na ponta dos dedos!...

- E com muito carinho, seu Chico.

- Ouvi dizer por aí que é um ano bom pra casar.

- Bom pra namorar, casar, bom pra tudo o que se relacionar com família. No entanto... O senhor sabe que sempre tem os dois lados...

- Ultimamente estão dizendo que tem três ou quatro lados... E qual é o outro lado?

- O outro lado é que se existem problemas entre o casal, poderá haver briga. Briga séria para resolver os problemas, bem entendido. Depois, se se gostarem de verdade, voltam às boas com os problemas consertados.

- E guerras?

- Isto também. Se há tensão para guerras é quase inevitável que ocorram. Não que eu deseje... Assim como pode acontecer a paz com a resolução dos problemas pendentes. No entanto, se alguém fincar pé... E tem o aspecto bom deste ano, que é a arte, a estética, a busca da harmonia através da criatividade.

- É o que mais me agrada! Por falar nisso, e o seu livro a quantas anda?

- Pelos últimos capítulos, seu Chico. Talvez ainda demore uns dois ou três meses.

- Eu sei que o amigo é perfeccionista. E vai e volta e arruma aqui e ajeita ali... Entendo que seja melhor assim, principalmente num ano em que deve haver equilíbrio, harmonia, ponderação. Quem diria... Um romance... A la putcha! Deve ser uma coisa cansativa. Mas como foi que surgiu?

- Um dia eu lhe conto, seu Chico, quando já estiver publicado. O que posso adiantar é que foi exatamente assim: surgiu. A estória pediu para ser escrita, as personagens me envolveram...

- Deve ser uma coisa de louco! E o Papa? O senhor ouviu o que o Papa disse no seu sermão de fim de ano?

- Essa eu perdi, seu Chico.

- Pois eu gostei de ver! É o primeiro Papa que fala como macho! Olhe só... Deixe eu pegar esses jornais aqui... Olhe só: ele disse que os focos de tensão e conflito são causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres e pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Dá pra acreditar? E me diziam que este Papa era reacionário. Dá uma lição em muito presidente por aí.

- O senhor não vai querer que a Dilma fale contra o capitalismo...

- Mas!... Tem que ser macho, como eu disse. E tem mais: denunciou as ideologias do liberalismo radical e da tecnocracia. O que lhe parece?

- Me parece que assustou muita gente por aí afora. Periga quererem matar este Papa, como fizeram com o João Paulo I.

- Morrer, se morre sempre, basta estar vivo. O importante é fazer alguma coisa que fique, que ajude os que vem por aí. Começo a ter esperanças de que este venha a ser um bom ano de verdade.

- É tudo que eu desejo, seu Chico: um bom ano para todos!

Um comentário:

  1. S.Chico, interlocutor e reflexões sobre 2013. Interessante. Muito boas as declarações do Papa Bento XVI. Valeu!

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