domingo, 24 de fevereiro de 2013

A ESTOLA E O AVENTAL (3) – O CONCÍLIO VATICANO II DOS PAPAS MAÇONS


Com Karol Woityla (João Paulo II) sucedendo a Albino Luciane (João Paulo I), a quebra do Banco Ambrosiano, o escândalo do Banco do Vaticano, as infiltrações da máfia e da maçonaria na Igreja foram rapidamente “esquecidas” pela mídia obediente. Tempos em que a guerra fria tomava seu aspecto mais sinistro e o Banco do Vaticano continuava a ser usado não só como lavanderia, mas como meio de enviar dinheiro para o sindicato Solidariedade, da Polônia. Mikhail Gorbaschev já preparava o seu golpe de estado na União Soviética, Reagan ameaçava com o projeto “Guerra nas Estrelas”, a mulher de Gorbaschev – Raissa – deixava-se fotografar por todas as revistas, o muro de Berlim era derrubado e governos títeres da União Soviética revelavam a sua vocação capitalista; a Tchecoslováquia se entregava em mãos de veludo e preparava-se a guerra que destruiria e dividiria a recalcitrante Iugoslávia ainda socialista.

     No Brasil, o nascente PT, que se dizia de esquerda, anunciava seu apoio ao direitista Solidariedade. Lula, a exemplo de Lech Walessa, estava sendo preparado com carinho e esmero para assumir o governo na hora certa, quando as facções de esquerda do seu partido já estivessem devidamente amordaçadas e gostando da mordaça. No Vaticano, o muito viajante Papa João Paulo II tinha como um dos seus auxiliares o cardeal maçom Paul Marcinkus, principal suspeito do provável assassinato de João Paulo I.


O VATICANO II DOS PAPAS MAÇONS


     João XXIII (1958-1963) e Paulo VI (1963-1978) foram os dois papas que promoveram o Concílio Ecumênico Vaticano II. A ideia inicial do Concílio seria a aproximação entre as igrejas cristãs, mas o que se viu foi uma tentativa de desestabilização da Igreja, da negação dos seus dogmas, principalmente quando essa aproximação incluiu o Judaísmo negador do Cristianismo.

     Curiosamente, o Vaticano II, iniciado oficialmente em 11 de outubro de 1962, seguiu o rastro da proposta de ecumenismo surgida com a formação do CMI – Conselho Mundial de Igrejas – em 1948, o mesmo ano que que a ONU criou o Estado de Israel em território palestino.

     Os Illuminati vencedores das duas grandes guerras preparavam o caminho para um governo mundial em que caberia uma grande religião que abafaria as demais, exterminando-as com o passar do tempo, com um único deus – que poderia ser chamado de Grande Arquiteto do Universo – e por que não começar essa modificação radical através da Igreja Católica? Para isso seria necessário que mais padres maçons se tornassem cardeais e, dentre eles, escolhessem um futuro Papa que começaria a implantar as necessárias reformas.

     Em 1958, o cardeal Ângelo Roncalli, iniciado em 1935 em uma Loja Illuminati da Turquia quando era arcebispo de Mesembria, é eleito Papa, após um conclave que teve 11 rodadas. Adotou o nome de João XXIII. O escritor maçom Jaime Ayala Ponce afirma que tanto Ângelo Roncalli quanto Giovanni Montini (que sucedeu João XXIII como Papa Paulo VI) teriam sido iniciados em uma loja de Paris no mesmo dia. Não se sabe se esta última informação é verdadeira ou faz parte da já tradicional autopropaganda maçônica, mas o fato é que esses dois papas fizeram mais pela maçonaria e seus ideais iluministas do que muitos maçons que nunca foram padres, incluindo Albert Pike, o guru Illuminati dos Estados Unidos, que revelou em carta a outro irmão que o verdadeiro deus que deve ser adorado pelo maçons chama-se Lúcifer.

     O que é de duvidar. Quem já visitou um templo maçom sabe que é construído à semelhança do Templo de Salomão, e o deus de Salomão chamava-se Jeová. Minudências maçônicas. Curiosidades. Para os maçons não pode existir um único deus, porque entendem que tudo é dois no universo. Na dúvida, erija-se um Grande Arquiteto newtoniano para satisfazer os mais necessitados de um único deus – mas não se deve esquecer que não pode existir o branco sem o preto, o corpo sem a sombra, a sístole sem a diástole. Portanto, necessariamente, devem existir dois deuses – um bom e o outro, em contraponto, mau. Também a bondade e a maldade são relativas, dependendo das motivações, das circunstâncias, do momento, dos objetivos. Por isso, esta questão de nomes, se Jeová é o mau ou o bom ou se Lúcifer... É uma questão relativa.

     Um mundo relativista é o que os Illuminati desejam. Ou seja, um mundo amoral, sem dogmas ou conceitos pré-fixados. Sem religião, ou, se houver uma religião, deverá dar espaço a tudo e a todos e isto será chamado de ecumenismo.

     Pelo sim ou pelo não, como diria um maçom relativista, sabe-se que o cardeal, Prelado de Honra e secretário particular do Papa Paulo VI – Pasquale Macchi – foi iniciado na maçonaria em 23 de abril de 1958, época em que era secretário do Arcebispo de Milão, Monsenhor Montini (Paulo VI). O mesmo Dom Pasquale Macchi mandou construir um monumento maçônico a Paulo VI no Sacro Monte di Varese.

     O Concílio Ecumênico Vaticano II teoricamente deveria procurar a união das igrejas cristãs. Foi além e judaizou-se. Como a maçonaria é uma filial do Judaísmo, os dois papas iniciados buscaram a aproximação com os seus irmãos maçons. Isto alertou os verdadeiros cristãos, colocando-os de sobreaviso. É certo que muitos maçons estavam se infiltrando na Igreja há muito tempo, assim como muitos católicos estavam sendo cooptados para as atraentes fileiras Illuminati. Isso tudo era sabido, mas algumas bulas ainda resguardavam a Igreja.

     No entanto, quando, durante a realização do Concílio a anulação daquelas bulas foi aventada e a infiltração na Igreja aumentou ao ponto das suas finanças passarem a ser controladas por maçons com objetivos deliberadamente pessoais, servindo aos interesses Illuminati que visavam a destruição material do catolicismo, muitos verdadeiros católicos reagiram, entre eles o cardeal Joseph Ratzinger.

     Com a morte de Paulo VI, que usava um ephod judaico junto à estola (o ephod é um dos símbolos do sumo-sacerdote e deve ser lembrado que foi um sumo-sacerdote, Caifás, quem condenou Jesus e negou a sua divindade), e a eleição de João Paulo I (Albino Luciane) diminuiu a pressão interna no Vaticano, porque um católico assumia, depois de muitos anos, o pontificado. E como não era maçom e não relativizava a honestidade, João Paulo I alarmou-se com o tamanho do rombo no Banco do Vaticano, resultado da desleixada gestão de Paulo VI.

     O que não é de estranhar, porque o Camerlengo (tesoureiro) era o cardeal maçom Jean Villot e o presidente do Instituto para as Obras da Religião (Banco do Vaticano) era o bispo maçom Paul Marcinkus. Ainda mais interessante e revelador foi a concessão dada por Paulo VI, em 1965, do grau de Comendador “Equitem Ordinis Sancti Silvestri Papae” (Cavaleiro da Ordem do Santo Papa Silvestre) a Licio Gelli, grão-mestre da loja maçônica Propaganda Dois.

     João Paulo I encontrou a Igreja quase demolida financeiramente. Sob a cortina de fumaça do Concílio Ecumênico Vaticano II a barca de São Pedro foi entregue aos ratos, que a estavam afundando. Imediatamente, o novo Papa inteirou-se da situação e quando estava prestes a promover medidas saneadoras, morreu ou foi assassinado depois de 33 dias de pontificado. 33 dias, 33 graus maçônicos. Um assassinato ritual?

     Depois vieram os tempos de João Paulo II, legítimo continuador de João XXIII e de Paulo VI e as tentativas de implementação das ideias nascidas no Concílio Vaticano II. Entre elas, a aliança oficial entre Igreja e maçonaria. Observe-se que maçonaria não é uma religião, embora cultue um deus, ou deuses. Os próprios maçons afirmam isso. Mas, por alguma razão muito íntima, João Paulo II desejava ser ecumênico também com essa não religião.

     João Paulo II foi um Papa político. Viajou o mundo inteiro pregando contra o comunismo, contra a Teologia da Libertação e contra as comunidades eclesiais de base. Em contrapartida, deu ao ecumenismo um caráter de chanchada, fazendo o possível para diluir a liturgia católica em missas sincréticas com ares de carnaval, o que provocou indiretamente um êxodo dos católicos para religiões protestantes.

     Estabeleceu relações diplomáticas entre a Santa Sé e o sionista Estado de Israel, visitou sinagogas, patrocinou um concerto em comemoração do Holocausto e praticamente converteu-se ao Judaísmo quando, em 2000, não só visitou o Muro das Lamentações, mas ali seguiu alguns dos tradicionais costumes judaicos. Em janeiro de 2005 recebeu a bênção sacerdotal do rabino Benjamin Blech. O Papa ajoelhava-se ante aqueles que haviam renegado Jesus. Tudo isso enfatizado pela mídia como um ‘modernismo’ que não era aceito por grande parte da Igreja, sendo que o cardeal Ratzinger (futuro Bento XVI) considerou a ambiguidade das missas ecumênicas uma verdadeira anarquia litúrgica.

     Foi além. Quando João Paulo II tornou-se o principal amigo do império que se emplumava, e escreveu o cânon 2335 que derrogava os cânones anteriores que se referiam à maçonaria como inimiga da Igreja, Joseph Ratzinger desobedeceu e impôs a sua autoridade de Prefeito da Congregação Para a Doutrina da Fé e não só obrigou o Papa maçom a refazer o documento, como deixou claro algumas observações doutrinais que desnudam o conflito entre a Igreja e a maçonaria:

     “(...) Para um cristão católico, todavia, não é possível viver a sua relação com Deus numa dúplice modalidade, isto é, dividindo-a numa forma humanitária – super-confessional e numa forma interior – cristã. Não pode cultivar relações de duas espécies com Deus, nem exprimir a sua relação com o Criador através de formas simbólicas de duas espécies. Isto seria algo de completamente diverso daquela colaboração, que para ele é óbvia, com todos aqueles que estão empenhados na prática do bem, embora a partir de princípios diversos. Por outro lado, um cristão católico não pode participar ao mesmo tempo na plena comunhão da fraternidade cristã e, por outro lado, olhar para o seu irmão cristão, a partir da perspectiva maçônica, como para um "profano".

     “Mesmo quando, como já se disse, não houvesse uma obrigação explícita de professar o relativismo como doutrina, todavia a força "relativizante" de uma tal fraternidade, pela sua mesma lógica intrínseca tem em si a capacidade de transformar a estrutura do ato de fé de modo tão radical que não é aceitável por parte de um cristão, "ao qual é cara a sua fé" (Leão XIII).

     “Esta subversão na estrutura fundamental do ato de fé, realiza-se, além disso, geralmente, de modo suave e sem ser advertida: a sólida adesão à verdade de Deus, revelada na Igreja, torna-se simples pertença de uma instituição, considerada como uma forma expressiva particular ao lado de outras formas expressivas, mais ou menos igualmente possíveis e válidas, do orientar-se do homem para o eterno.

     “A tentação de ir nesta direção é hoje ainda mais forte, enquanto corresponde plenamente a certas convicções prevalecentes na mentalidade contemporânea. A opinião de que a verdade não pode ser conhecida é característica típica da nossa época e, ao mesmo tempo, elemento essencial da sua crise geral.

     “Precisamente considerando todos estes elementos a Declaração da Sagrada Congregação afirma que a inscrição nas associações maçônicas "está proibida pela Igreja" e os fiéis que nelas se inscreverem "estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão".”

     Explicações leves, tocando na superfície da impossibilidade de união entre a Igreja e a seita maçônica. Ratzinger não quis entrar em detalhes, como o fato de o neófito maçom ser avisado que é um deus por seus superiores logo após a sua primeira iniciação. Preferiu não deixar claro que maçons de grau superior não consideram a divindade de Jesus como verdadeira. Achou melhor não dizer que o ecumenismo ditado por maçons é uma das maneiras de dispersar a fé dos cristãos, encaminhando-os para a possibilidade de uma religião mundial – depois de extintas as duas maiores religiões, Cristianismo e Islamismo – irmanada a um governo mundial sionista: a Grande Obra Illuminati, a Sinarquia.

     Ratzinger ficou marcado também por essa desobediência. Começou a ser chamado de cardeal reacionário e conservador, quando o verdadeiro reacionário foi João Paulo II. O futuro Papa Bento XVI não estava só na defesa da fé e não seria improvável a sua eleição após a morte de João Paulo II. Os Illuminati prepararam um dossiê sobre Ratzinger e quando ele foi proclamado Papa começou o bombardeio. Antes, disso, porém, a Igreja começava a ser abalada na sua estrutura moral e no seu principal dogma – a divindade de Jesus - ainda sob o pontificado de João Paulo II.

(Continua).

Um comentário:

  1. Mais uma postagem relevante em informações e consequentes análises sobre a igreja x maçonaria. Surpreendente. Parabéns!

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