quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O INESQUECÍVEL ANO DE 2015




Em 2015, Dilma Roussef conseguiu destruir tudo o que Lula havia feito ou prometido fazer. O Ministério escolhido, onde se destacava Joaquim Levy, o ministro a mando das multinacionais e empresas bancárias, promoveu uma das maiores recessões artificiais que os brasileiros conheceram, com direito a inflação, perda de direitos trabalhistas e arrocho salarial. Para pagar os bancos que detêm a dívida pública, Dilma não poupou o povo, que deveria defender, e os trabalhadores, dos quais se diz representante. Chamou a esses descalabros de “ajuste fiscal” e colocou a culpa na situação internacional, apoiada por veículos de comunicação notadamente entreguistas, como rede Globo e Cia.
   Ao final do ano, ante muitas reclamações dos setores populares, Dilma trocou o ministro da Fazenda, e o novo ministro, um tal de Barbosa, prometeu aos banqueiros e multinacionais continuar a fazer exatamente o que Levy estava fazendo. Ou seja, a entrega do país ao capital estrangeiro, em detrimento do povo.
   Apavorada com a possibilidade de ser impedida de continuar a governar o país por ela falido, Dilma se entregou de pés e mãos amarradas aos setores da direita, com os quais sempre teve alguma afinidade.  
   Foi aos Estados Unidos para beijar a mão do imperador Obama, aceitando assinar alguns suspeitos acordos bilaterais, que tornou o nosso país ainda mais dependente da matriz norte-americana. O Acordo Bilateral Sobre Cooperação em Matéria de Defesa permite a realização de treinamentos conjuntos, cursos e estágios. O Acordo sobre Proteção de Matérias Sigilosas une os serviços de informação dos dois países. Ou seja, o Brasil volta à época da ditadura militar, pelo menos até o governo de Ernesto Geisel (que denunciou o então secreto acordo militar entre Brasil e Estados Unidos) quando soldados brasileiros eram treinados nos Estados Unidos e havia total subserviência aos serviços secretos norte-americanos.
     Por falar em ditadura, ela voltou. Só que agora não tem exército nas ruas, mas policiais invadindo casas e prendendo pessoas por mera suspeita, ao arrepio da Constituição. Novas leis ditatoriais promulgadas ainda durante o primeiro mandato da Dilma permitem que quaisquer pessoas sejam presas por tempo indeterminado, desde que determinado juiz que mora em Curitiba assim determine. E não adianta habeas-corpus. O STF não concede “nem que a vaca tussa” – como diria a Dilma.
    Mesmo assim, a direita insiste em tirar a Dilma, que fez tudo o que o Aécio faria, e ainda mais. Querem porque querem o poder. Provavelmente porque poder é poder, dá status e é mais fácil entregar o que resta do Brasil com um canetaço do presidente da República do que através de sigilosos conchavos maçônicos. E a maçonaria e amigos íntimos estão conspirando - como sempre fazem, por hábito histórico – para tirar a Dilma e colocar no seu lugar – imaginem? – um maçom, como o vice-presidente Michel Temer.

No outro lado do mundo, a Rússia, ao contrário do Brasil, resolveu impor-se como país soberano. Depois de sofrer um cerco da OTAN junto às suas fronteiras, escolheu a Síria como campo de batalha e enviou para o país aliado, que pedia a sua ajuda, as suas Forças Aeroespaciais. Em doze semanas, desde 30 de setembro de 2015, praticamente derrotou o Estado Islâmico, a Frente Al-Nusra e demais exércitos de mercenários financiados e treinados pelos Estados Unidos e cúmplices no crime – como Israel, Turquia e Arábia Saudita. Para isso conta com o renascido exército sírio, com o Hezbollah libanês e com milícias do exército iraniano. Além dos curdos que moram na Síria e são constantemente atacados pelo exército genocida turco.
Aliás, a Turquia - famosa por outros genocídios desde o império turco-otomano, como o genocídio dos armênios, em 1915, que matou mais de um milhão e meio de pessoas daquela etnia – está se prestando a ser o menino de recados da Otan e quer provocar uma guerra com a Rússia de todas as maneiras que entende possíveis. Primeiro, derrubou um avião russo, depois invadiu a fronteira com o Iraque, está apoiando o governo da Ucrânia com armas e soldados e ameaça invadir a Síria.
A Rússia, com a paciência do urso que conhece a sua força, tem apelado para os meios diplomáticos enquanto se arma às pressas para enfrentar uma guerra que está se tornando (quase) inevitável contra a Turquia, OTAN e Estados Unidos.
No ano de 2015, Vladimir Putin foi reconhecido universalmente como o maior estadista russo, desde Vladimir Ulianov, também conhecido como Lênin. E, a continuar assim, provavelmente ele e seus colegas de governo consigam o que parece impossível: a paz mundial - apesar dos Estados Unidos e comparsas, que foram devidamente desmascarados pela Rússiae aos quais só resta optar pela guerra ou dar uma guinada de 180 graus nos seus projetos de domínio mundial.
A paz. É o que todos desejamos para 2016.

Um comentário:

  1. Falou tudo.....PAZ! vamos manter o pensamento positivo, porque tem muita porcariada desenrolando neste planeta...

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