Meu
boné
Minha
lança minha espada
Minha
ânsia minha amada
Meu
chulé de pós-noitada
Isto
é
Cada
passo desta dança malmequer
Me
requer deixando rastros meus pedaços
Estilhaços
de criar e de colher
Esta
fogueira
Insinuante
como só total mulher
Me
acolhe e recolhe em linguardente
Eu
vidente a faço companheira
Do
poder
Que
se acende e me maneia
Me
desperta e negaceia
Seu
dizer
Pela
alva
Virão
céleres guerreiros
Uma
salva
Todos
tornam-se herdeiros
Desta
palma
Deste
ramo de loureiro
Mesma
alma
Mesma
morte companheira
Amada,
Segura
o meu farnel, dá-me teus lábios;
Cuidado
com o fuzil ao me beijar.
Afasta
o embornal, sejamos sábios,
Sócios
neste último afagar.
O
céu já foi anil, é estocada;
O
tempo é temporal no meu cantil.
Se
amar, Amada, me faz assim febril,
Não
sei se é ser demente desejar
Tua
emboscada.
Emboscado
A
olhar o anel de teus cabelos
Teus
púbios pelos
Meu
silêncio de sátiro-voyeur
Dilacerado
Teu
claro apelo ao se saber mulher
Tão
sussurrado
Tua
boca de mel que me requer
Dentro,
guardado.
Cauim
Atabaque
na terreira
O
meu sonho de madeira
Queima
em mim
Totemizo
Cristalizo
cada veia
Que
me resta
O
suor tinge na testa
Eu
Caim
Lindíssimo poema! Onde estava que não o conhecia? Tira os poemas da gaveta Blogueiro!
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