Curioso,
muito curioso, o fato do PT defender o Sérgio Moro ao acusar Temer &
quadrilha de tomar o governo com o objetivo de extinguir a operação Lava Jato.
Ora, não foi o Moro que prendeu o Zé Dirceu e o condenou, sem provas, a mais de
20 anos de prisão? E o ex-senador Delcídio Amaral, que foi preso com base em
escutas ilegais e expulso do Senado, inclusive com votos petistas? Assim como a
presidente da República, senadores não poderiam ser alvo de escutas. Aliás,
ninguém poderia ser devassado em sua intimidade. Pelo menos, antigamente, no
tempo do que era apelidado de democracia. Agora chamam essa democracia de
estado de direito, mas com direito a um estado policial paralelo a todos os
poderes, negando todos os direitos democráticos.
Não
é o Moro o verdadeiro autor do golpe de Estado ao tentar deslegitimar as
instituições (com a exceção do Judiciário), prender a torto e a direito no
melhor estilo da Gestapo, vazar informações para os meios de comunicação para
que estes pudessem atacar a Dilma, o Lula e todos os indesejáveis para a
direita fascista?
Não
foi graças ao Moro (com o apoio do vendido poder Legislativo e do hoje suspeito
STF) e à sua ação de cupim que o poder Executivo então chefiado por Dilma foi
atacado dia e noite até se instaurar o processo de impedimento contra a
legítima presidente do Brasil?
Não
é o Moro o causador da campanha contra as grandes indústrias brasileiras, como
Petrobrás e Eletrobrás, que visa principalmente entregar as nossas riquezas
para o capital estrangeiro?
O
que está havendo? Medo? Então a presidente (pois a Dilma ainda é presidente,
mesmo afastada do governo, e temos um estranho caso de dois presidentes da República)
está com medo da Polícia Federal que recebe propina do FBI, conforme largamente
denunciado? Ou estará com medo do próprio FBI? Ou tem medo do medroso STF?
Quando
vemos o Cardozo falar na defesa de Dilma, sem se impor, abaixo de “data vênia,
data máxima vênia, por favor, gostaria de ponderar” percebemos o quanto a Dilma
deve estar cercada de pessoas – estas sim – medrosas. Não só medrosas.
Desinformadas.
Entrevistada
por veículos de comunicação de vários países, Dilma afirma não haver evidências
de ingerência externa (leia-se Estados Unidos) no golpe. Evidências existem às
escâncaras. Talvez ela quisesse dizer que não há provas. Provas? Basta uma: o
mundo inteiro está sabendo que Michel Temer é espião dos Estados Unidos. Assim
como o Serra. Qual a evidência que a Dilma deseja? A Sexta Frota dos Estados
Unidos nas nossas águas?
Talvez
Dilma não esteja com medo, somente pessimamente assessorada. Afinal,
reconhece-se em Dilma uma pessoa corajosa. Provavelmente foi convencida de que
a culpa é do Cunha. E do Temer. Acreditou e preferiu não pesquisar; para isso
existem os parvos assessores.
Ou,
por outra, Dilma segue uma estratégia ditada pelo seu débil partido. Consiste
em acreditar que voltará, quem sabe, através do mesmo Senado golpista que a
afastou do governo, desde que se comporte. Comportar-se significa não dar nome
aos bois, “mesmo que a vaca tussa”, limitar-se a dizer que a culpa é do
desvairado Cunha e do traidor Temer e de mais alguns que já estão citados pela
Lava Jato – porque é muito importante aceitar a ditadura do Sérgio Moro. A
ditadura do Judiciário.
Obviamente,
é uma estratégia falha. Temos um golpe em andamento que visa privatizar tudo no
Brasil, entregar as nossas riquezas ao capital estrangeiro. Não é um golpe
contra a Dilma, mas contra o povo, contra a nação brasileira, que está perdendo
os seus direitos sociais adquiridos após muita luta. Um golpe liderado pelo
Judiciário, que está usando o Legislativo para tornar o Executivo submisso às
premissas geopolíticas de Washington.
Caso
Dilma consiga os votos necessários do Senado para voltar ao governo, ficará sob
suspeita. Fará um governo para o povo, desfazendo tudo o que Temer fez ou
estará participando do golpe, dando todo o poder ao Moro e seus sequazes e aos
interesses do capital estrangeiro, conforme aconteceu no primeiro ano do seu
segundo mandato?
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