“Gusanos”
(vermes) é o apelido dado em Cuba aos contra-revolucionários. Todos aqueles que
fugiram para Miami e outras cidades estadunidenses e de outros países e de lá
fazem aberta propaganda contra o socialismo são considerados vermes, porque se
arrastam aos pés do capital e desdenham da independência econômica e social do
seu país. Seu projeto de vida é orbitar em torno do governo dos Estados Unidos
e acatar as ordens ianques. São vermes porque tem um cérebro minúsculo, são
individualistas e detestam o bem comum. São vermes porque rastejam.
Não
é somente em Cuba que existem vermes subservientes ao império. No dia 9 de
julho, a Argentina festejou os duzentos anos de sua independência do reino da
Espanha. As Províncias Unidas do Sul, mais tarde Argentina, conquistaram a
independência, declarada em 9 de julho de 1816, graças a luta de seu povo,
liderada, principalmente, pelos generais Manuel Belgrano e José de San Martin.
No entanto, duzentos anos depois, a Argentina continua dependente do capital
estrangeiro devido à sucessão de golpes militares e de governos formados por
vermes como Maurício Macri, que convidou o rei espanhol para o festejo dos
duzentos anos e disse que os argentinos sentiam-se angustiados por terem
conquistado a independência da Espanha. Não é o que pensa o povo argentino.
Sabe-se que Macri foi eleito com o dinheiro de Washington e age como um
domesticado verme.
Vermes
é o que não faltam nos governos do Peru, do Chile e, mais ostensivamente, da
Colômbia, que cedeu seu território a 8 bases militares dos Estados Unidos sob pretexto
de combater a guerrilha, e o povo colombiano deixou-se dominar quase
completamente pela propaganda fascista, ao ponto de eleger sucessivos vermes
para a presidência de um país que já foi livre. A partir da Colômbia pretendem
os Estados Unidos provocar guerras civis na Bolívia, Equador e Venezuela,
contando com o apoio da oposição interna desses países formada toda ela –
adivinhem? – por vermes.
Não
seria muito fácil, caso não houvesse, do lado de cá da linha do equador, um
grande país, com cerca de oito milhões de quilômetros quadrados e que
recentemente teve o seu governo assaltado por vermes, com o apoio de vermes
deputados, vermes senadores, vermes juízes e vermes policiais. Vermes. Não só
assaltaram o governo como pretendem permanecer no poder indefinidamente – mesmo
que seja através das fingidas eleições. Parte da população, formada por vermes
que adoram carnaval, novelas, futebol e Disney e gosta de joguinhos virtuais,
acha muito bonito os vermes governantes, que se pintam de azul, verde, amarelo
e branco e ostentam uma faixa onde está escrito “Fascismo e Retrocesso”.
A
maioria do povo, no entanto, sente-se ultrajada com o golpe dos vermes.
Ultrajada, indignada e desiludida. Acreditavam que com eleições a cada dois
anos os vermes seriam extintos naturalmente, e que isso se chamava democracia e
na primeira oportunidade os vermes paparam a democracia com eleições e tudo.
Pior: usam as eleições para se disfarçar de democratas. E prometem mais eleições.
Eleições para derrubar a Presidente, eleições para impor um presidente-verme,
eleições para deputados-vermes e senadores-vermes, eleições para prefeitos e
vereadores, desde que a maioria de vermes fique garantida. Para isso contam com
um povo que transformam, aos poucos, através de mutações eleitorais, em
povo-verme. Em troca, carnaval, novelas, futebol e Disney.
Está
provado que vermes só se sentem bem entre seus iguais. Jamais alcançariam a
posição de vertebrados, ainda que, por milagre dos céus, lhes fosse dada essa
oportunidade. Vermes detestam a independência; rastejam, e ao rastejar prestam
obediência, ou continência, a animais maiores, como os porcos. Perceberam como
o mapa dos Estados Unidos lembra um porco, assim como o do Brasil lembra um
coração? Coração que está sendo comido pelos vermes.
Dizer
que os vermes usurparam o poder no Brasil é hipertrofiar a realidade. Não
poderiam fazê-lo sem que os porcos os dirigissem, ou teleguiassem. Um dia após
a votação pelo impedimento de Dilma, na Câmara, o senador Aloysio Nunes, verme
assumido, viajou aos Estados Unidos para receber ordens de seus amos, os porcos
do império. No mesmo dia em que Dilma foi afastada do governo pelo Senado, o
verme Temer formou o seu governo de vermes sob orientação direta dos porcos piratas
norte-americanos.
E israelenses. Há, pelo menos, três sionistas no governo-verme
de Temer: Raul Jungmann, Sérgio Etchegoyen e Ilan Goldjafan. Temer, cobra
traiçoeira, quer privatizar tudo para que o país seja entregue definitivamente a
seus chefes de outros países. Governar com independência não é da natureza dos
vermes, preferem delegar poderes para que possam serpentear como desfibrados
vassalos.
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