quinta-feira, 6 de outubro de 2016

MIGUEL MICHEL ELIAS TEMER LULIA




Miguel Michel Elias Temer Lulia – este é o nome completo do usurpador. Dizem que é de origem libanesa, mas o sobrenome Lulia é provável corruptela de Luria, nome de um dos mais famosos rabinos cabalistas da Idade Média – Isaac Luria -, e sabe-se que o médico Alexander Luria, conhecido por suas pesquisas em neuropsicologia, era filho de judeus. Mas o que mais chama a atenção é a redundância dos dois primeiros prenomes: Miguel e Michel, posto que, em francês, Michel é o mesmo que Miguel. O prenome Elias, deve ser uma homenagem ao profeta judeu. Quanto ao sobrenome Temer, vem do latim timere e significa ter medo. Miguel Temer Lulia diz que a sua família é católica, mas ele próprio está impedido de participar da Igreja Católica, pois, na qualidade de maçom estaria automaticamente excomungado. A não ser que se refira à Igreja Católica Anglicana, criada pela Grande Loja da Inglaterra para abrigar maçons. 

   Na ausência de Lula, Dilma preferiu Lulia para vice-presidente da sua chapa, e deu no que deu. Talvez Lula, o verdadeiro, esperasse que Dilma não concorresse à reeleição, mas ela se entusiasmou com o cargo e continuou com o Miguel Lulia como vice. Acreditava no PMDB e apoiou Renan Calheiros para a presidência do Senado e Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. O PMDB traiu em grande escala e colocou um usurpador no governo, com o apoio do golpista STF. O nome dele é Miguel Michel Elias Temer Lulia. Passará para a História como o idiota sem graça da corte. Idiota porque deve ter imaginado que o sobrenome Lulia o habilitava a governar, mas somente através de um golpe de Estado e por curto período; sem graça porque – convenhamos – só o timbre da voz do Temer é uma dor para os ouvidos! 

   Provavelmente o golpe tenha sido planejado com grande antecedência. Não só nas lojas maçônicas e nos quartéis. Também em cafés de fim de tarde dentro de brechós, em festas juninas, julinas ou agostinas, em encontros de igrejas ou de templos – vá lá: encontros templários, onde cavaleiros sem cavalos procuravam motivação para uma decrepitude que atravessa os séculos; nos bailes para a terceira idade, ou para a quarta idade, a quinta... Resolveram-se a conspirar, na esperança de reciclar aventuras políticas encanecidas e perdidas em memórias obtusas, onde se confundem prisões com torturas e torturas com satânicos assassinatos. A velhice os perseguia e desejavam sangue quente nas mãos. Ou nos lábios e dentes de vampiros. 

   Conseguiram o apoio da neurotizada juventude zumbi, dominada por celulares e computadores, todas as obsedantes máquinas que cativam neurônios flagelados, drogas que substituem drogas, e deram a esses jovens destrutivas palavras de ordem, chegara o momento de avaliar condicionamentos, e Dilma estava condicionada a não resistir quando das manifestações em 2013. Não é estranho que naquela época a direita tenha podido fazer todas as festas que desejou – com direito a depredações filmadas pela Globo – sem ser impedida em nenhum momento? Placidamente, a conformada Dilma limitou-se a dizer que eram manifestações democráticas, quando, na verdade, ela estava sendo testada na sua (in)capacidade de resistir a um golpe de Estado. 

    Dilma não resistiu em nenhum momento. A não ser que se entenda como resistência a defesa pífia do seu advogado, que se limitou a colocar a culpa do golpe no Cunha, na vã esperança de que deputados e senadores se sentissem comovidos ou que, tomados de pudor cívico, dissessem não ao golpe. Quem resistiu e ainda resiste e resistirá até o fim de Temer Lulia e da ditadura é o povo, atacado em seus direitos duramente conquistados através de décadas de lutas.

   Fiquei triste ao assistir vídeos do Lula apoiando candidatos do PP (Partido Progressista) em comícios no Nordeste. Mesmo com o golpe e a escancarada ditadura por etapas, continua a inconsciência de uma suposta esquerda que se deixou escravizar por alianças com os golpistas. Quem se alia a golpistas, o que é? O fato é que o PT facilitou o golpe ao resistir somente burocraticamente, depois de abafar os movimentos sociais, retirar a sua força de luta e apoiar-se num Congresso corrupto. Pode-se alegar que Lula foi manipulado pela direita do PT, que tem como seu maior expoente o aliancista Tarso Genro, filho de maçom e provável maçom, assim como Temer Lulia. Mas isso seria explicar o já sabido: que Lula é de direita, uma direita que está conduzindo o PT para a sua desintegração final, a exemplo do que aconteceu com o PDT. 

   Partidos de centro-esquerda, devido à falta de consistência ideológica, servem ao sistema por um determinado período; depois, são substituídos por outros com uma maquilagem mais atraente. Tornam-se partidos necessários para formar uma oposição que legitime a política de cartas marcadas e servem para atrair uma classe média flutuante que desgosta do marxismo – que implica em leitura, estudo e engajamento -, mas se considera inovadora, munindo-se de idéias colhidas em livros da moda e nas redes sociais. Pessoas de todas as idades que preferem partidos “leves”, os quais consideram como uma espécie de clube social onde participam de encontros com carismáticos líderes, palestras e, eventualmente, nas datas aprazadas, brincam de eleições. Assim é o PT; assim aparentam ficar o PC do B e o PSOL; assim é o PPS, o PDT e o PSB. 

    Também estes traíram em larga escala. Ou não traíram, apenas foram coerentes consigo mesmos, com a sua quase não-existência; partidos onde deveria estar o Tarso e todos os tarsistas que formam a quinta-coluna dentro do PT. Mas não custa nada esperar: breve eles dominarão PC do B (também conhecido como Pseudo B) e PSOL, impondo o tradicional jogo de conciliação de interesses e alianças com o sistema que permite a organização de partidos de centro-esquerda desde que sejam devidamente infiltrados por seus treinados agentes. 

    Um deles é o Miguel Michel Elias Temer Lulia, contra o qual há provas de ter servido à CIA. A diferença é que Temer Lulia é declaradamente entreguista e pertence a um partido de direita, o PMDB, enquanto os tarsistas têm por hábito participar de partidos que se acreditam de esquerda, e seu objetivo é descaracterizar esses partidos, tornando-os fisiológicos ao poder estabelecido. Pessoas assim aconselharam Dilma a deixar o Moro livre, muito livre, para fazer o que bem entender. E o Moro ajudou a golpear a própria Dilma e está ajudando a destruir o PT e seu ícone máximo: Lula. Para os tarsistas isso não faz diferença: troca-se o PT pelo PSOL ou pelo PC do B (ou Pseudo B), e assunto resolvido.  

    Mas o que assusta, e assusta muito, é a falta de resistência ao golpe, exceto manifestações aqui e ali pelo “Fora Temer” ou o “Fica Dilma” que, de concreto, nada acrescentaram. Não há uma verdadeira resistência. Tanto é assim, que o Congresso vendido está entregando o Brasil às multinacionais e os sindicatos continuam na sua passividade servil. Herança do PT. Aliás, o PT está deixando várias heranças, antes do apagar das luzes da esperança que cederá ao medo. 

    Em recente artigo, Frei Betto assinala algumas dessas heranças: o PT não promoveu a alfabetização política da população, não tratou de organizar as bases populares, não tomou medidas eficazes para democratizar a mídia, não adotou medidas econômicas voltadas para o mercado interno, não realizou nenhuma reforma estrutural e hoje é vítima da omissão quanto à reforma política. Acrescenta: “Em que baú envergonhado guardamos os autores que ensinam a analisar a realidade pela óptica libertadora dos oprimidos? Onde estão os núcleos de base, as comunidades populares, o senso crítico na arte e na fé?” 

    Mas a principal herança do PT, que jamais será esquecida, foi ajudar a promover, por dolosa omissão, a ascensão do fascismo ao governo que está destruindo os direitos sociais e entregando as nossas riquezas ao capital estrangeiro. Frei Betto explica porque isso aconteceu: “Fomos contaminados pela direita. Aceitamos a adulação de seus empresários; usufruímos de suas mordomias; fizemos do poder um trampolim para a ascensão social. Trocamos um projeto de Brasil por um projeto de poder. Ganhar eleições se tornou mais importante que promover mudanças através da mobilização dos movimentos sociais. Iludidos, acatamos uma concepção burguesa de Estado, como se ele não pudesse ser uma ferramenta em mãos das forças populares, e merecesse sempre ser aparelhado pela elite. Agora, chegou a fatura dos erros cometidos. Nas ruas do país, a reação ao golpe não teve força para evitá-lo”. 

    E como conseqüência, a quadrilha do Elias, a quadrilha do Michel, a quadrilha do Miguel, a quadrilha do Temer, a quadrilha do Lulia.

Um comentário:

  1. Muito boa análise sobre os partidos, principalmente sobre o PT. Temer e afiliados. Está explicado o desmoronamento do partido como um todo. Parabéns!

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